Do Relaxamento

(foto pessoal)

Tensão, sorriso contraído,

Arco em retenção, sofreguidão,

Contração generalizada,

Rigidez, músculos tensos,

Oração sem liberdade.

Sem confiança filial,

Desequilíbrio, conflitos, ataques,

Desperdiçando forças, desgastada.

Brilhante, tem leveza,

Feliz, sem pressão externa.

Correta diante de Deus.

Vivendo de maneira nova,

Rugas se dissolvem, espontânea,

Liberdade à tona, abandona-se,

Relaxa sentimentos, prazer em viver.

Do Verde

 

(foto pessoal)

Verde, te quer verde sempre,

Vem refrescar sua mente.

Está ressequida de natureza por perto

A alargar sua própria natureza caída.

Do Silêncio

 

(foto pessoal)

Escuridão, sua velha amiga,

Conversa com ela de novo.

Uma visão suave, arrepiante

Deixou sementes  no dormir.

Visão plantada em seu cérebro

Permanece no som do silêncio.

Em sonhos, sem descanso, 

Caminha só, flor na lapela.

Em ruas estreitas de pedra,

Sob a luz de lâmpada de rua,

Levanta sua gola rolê alta,

Protege-a do frio da umidade.

Agasalha-a de sublime lealdade.

Pela força da tua sublimidade.

Das Princesas

 

Ser Branca, com ar leve,

Terna como a Neve.

Efusiva como a Bela,

Romântica como ela.

Das Dunas

 

(foto pessoal)

Ondas celestes suaves

Adornam a orla

Num cenário edificante.

Aos seus olhos desejosos de afeto,

Ondas vão, ondas vêm

Passeando entre dunas.

Brancas, tão alvas como a neve,

Contemplando toda beleza.

Duma manhã outonal.

Extrema delicadeza da natureza 

Estupenda, fenomenal

Lado a lado do amor.

Do Lar

 

(foto pessoal)

Ser azulada, rosada,

Refletir tempo bom, 

Ternura de ser bem-amada.

No sereno celeste,

Refletir modo de proceder,

Viver feliz sem nada a perder. 

No encanto do gracioso azul, 

Viver pacificação com emoção.

Não se tornar amarga. 

Doce lar, doce encanto,

Rodeada de mar,

Não perder acalanto no recanto.

Do Sorriso

(foto pessoal)

 Ter sorriso nos lábios a ajuda,

Tristeza se espanta com amor.

Encantos,  belezas da natureza

Alegram-na, com presteza.

Dar ombro, não desperdiçar

A fraternidade, a amorosidade.

Bom humor põe fim à amargura,

Seu rosto fica transparente.

Da Mulher

 

(foto pessoal)

Mulher ternura, carinhosa,

candura, primorosa.

Mulher enamorada, afetuosa,

temente, calorosa.

Mulher energia, simpatia,

alegria irradia.

Mulher sinergia, empatia,

melodia, sintonia.

Mulher coração, vocação,

emoção, sensação.

Mulher em combustão, ação,

em profusão, efusão.

Da Carência

 

(foto pessoal)

Experiência migratória,

Mulher de passagem.

Noite dos sentidos,

do espírito, de fé.

Sem apoio afetivo, 

Intelectual, doutrinal,

Perda de balizas,

Travessia do deserto.

Integração da carência,

Aceitação da vida.

Dos Pássaros

 

(foto pessoal)

Na espera, desenrola fios,

Tece com amor, enlaça tardes,

Com ternura, faz, desfaz,

Tudo fica belo,

Hibernam produtivamente,

O silêncio outonal domina.

Estão com ela, pura emoção.

Acompanham-na, felizes 

No passeio matinal.

Se vai a outro lado, 

Eles estão lá,

Anunciam boas-novas.

Nunca está só, 

Seus pássaros estão juntos

Em qualquer lugar.

Vêm lhe adoçar, 

Falar-lhe de amor,

Pássaros são esplendor.

Do Romantismo

(foto pessoal)

Passa dias perfumada de aromas,

Diversos sentires, mil fragrâncias.

Os vergéis são suas redomas,

Perde-se nas suas instâncias.

Caminha, suavemente, sentindo

Ao entorno, tudo muito lindo.

O verde com um belo jardim

De quebra, há flores, jasmim.

Une-se a elas, enlaça na ação,

Consigo, em seu nobre coração.

Pelo amor, na fé, na oração,

Sempre vive em comum união.

Não perde o doce sabor,

Incrementa com muita flor.

Sem romantismo, vira desamor,

Na cumplicidade, está o odor.

 

Dos Sonhos

 

(foto pessoal)

Como receber

o colhido na vida.

Ela sorri no seio juvenil,

encanta, até dança.

Tem olhar longínquo,

quiçá cheio de esperança.

Sonhos, devaneios,

singelos, sem parar.

Na densa lida,

vive a sonhar.

Do Luar

(foto pessoal)

 Num doce compasso 

Da música tão linda,

Aguarda, dilema da saudade.

  

Dilata seu peito contraído, 

Recosta-se, embevecida,

A chegada do bem-querer.

Incendeia tal lua cheia,

Irradia larga doçura, 

Num ritmo orquestrado.

Ao som suave do piano,

Confia na magia do amar,

Entrega-se toda ao luar.

Dos Pássaros

 

(foto pessoal)

É inverno no tempo,

O frio a faz hibernar,

Tem o frio espantar.

Lê, escreve, pinta, borda,

Contempla, medita, canta,

Ouve canto dos pássaros à janela.

Vêm sempre lhe visitar,

Na casa, lhe é algo familiar,

Pousam perto a lhe aconchegar. 

Dá asas à imaginação,

Vive serena na tarde invernal,

Sem aquele calor infernal.

Cantam com vigor,

Aquecem seu corpo, sua alma,

Enchem de ternura seu coração.

Do Desencanto

 

(foto pessoal Marechal Floriano ES) 

Em tristes dias outonais,

Viu-se mulher, projetos

Em seu coração ardiam.

Ficou detida  nos anos,

Encarcerada numa torre,

Tinha medo de se perder.

Derrubaram seus sonhos,

Não teve desenvoltura,

Implodiu, amadureceu.

Viveu dias tristonhos,

Sofreu, perdeu tempo.

Engoliu choros, lágrimas.

Sonhos foram petrificados

Dentro do seu coração,

Gemeu durante muito tempo.

Desencantou, sobreviveu.

Foram sorrisos congelados,

Dores parceladas, nervos tensos.

Marés sacolejadas, timidez

No âmago do seu ser,

Continuou a viver.

Coração tristonho

Não se martirizou mais,

Refez-se na paz.

Desafio alcançado,

Com armas não letais

Amou-se muito mais.