Em tristes dias outonais,
Viu-se mulher, projetos
Em seu coração ardiam.
Ficou detida nos anos,
Encarcerada numa torre,
Tinha medo de se perder.
Derrubaram seus sonhos,
Não teve desenvoltura,
Implodiu, amadureceu.
Viveu dias tristonhos,
Sofreu, perdeu tempo.
Engoliu choros, lágrimas.
Sonhos foram petrificados
Dentro do seu coração,
Gemeu durante muito tempo.
Desencantou, sobreviveu.
Foram sorrisos congelados,
Dores parceladas, nervos tensos.
Marés sacolejadas, timidez
No âmago do seu ser,
Continuou a viver.
Coração tristonho
Não se martirizou mais,
Refez-se na paz.
Desafio alcançado,
Com armas não letais
Amou-se muito mais.

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