Da Família

(Foto pessoal - Mirante das Virtudes Guarapari ES)

À Minha Avó Amada, Celina

Vovó Celina, minha amiguinha,

Chorava por mim, numa defesa,

Na falta da fala, só me aninha, 

Que saudade dela! Estou ilesa.

Doce e santa mulher, madrinha,

Vivia presa numa cadeira, gemia,

Envolta na dor de uma paralisia,

Anos a fio, o Amor não retinha.

De todos era tão querida, amada,

Era ela uma avó doceira, prendada.

Tinha uma fé viva, era benzedeira,

Com ela junto, voava, apaziguada.

Um dia me apareceu anjo no céu: 

Pedrinhas, água, sua filha acolhia.

Está no bom lugar, acabou agonia,

Vive em boa harmonia, não ao léu.

Da Vida Nova

(foto pessoal Araruama RJ)

 Nasce a alegria,

Dá sentido à vida,

Não abandona o barco.

Modera a velocidade,

Livra-se da vã prisão,

Pausa, pulsa a vida,

Torna sagrado o momento,

Caminha, sonha, cresce,

No tempo, vive.

Está no aqui, no agora.

Dos Prazeres

 

(foto pessoal Guarapari ES)

O dia amanhece,

Veste-se a caminhar.

O calçadão lhe espera,

Fica a contemplar.

Cenas lhe extasiam,

Impossível ser diferente.

Tendo perto o mar,

Começa a trabalhar.

Dos pequenos prazeres, 

Vem a tarde, anoitece.

Vê-se  a encastelar

No prazer de blogar.

Da Autoestima

 

(foto pessoal Itapecerica da Serra SP)

No tempo de jovem mulher,

Arrancava pétalas da margarida,  

Numa luta renhida,

Sonhava com romance, 

Com príncipe,

Tinha juventude,

Inocência, inquietude.

Bem-me-quer,

Malmequer,

Tocará a flor do campo

Apresentar sua pureza ,

Sonha, de corpo,  alma,

Amar um homem sincero,

Ele a quererá.

Como lírios de  jardim, 

É perfumada,

Toca flores pequenas,

Atraem calma,

Refrescam sua alma,

Dão vigor, viva está.

Pela beleza do lugar,

Afagam sua alma.

Das Noites

 

(foto pessoal Nordeste)

Sensação de maciez,

Uma loucura boa,

Deliciosa sensação.

Sinfonia de amor, luz,

Atenção sem demanda,

Abraços na varanda.

Amoroso ninho,

Noites de bom sono,

Adormecer e acordar.

Na coragem desmedida,

Anjos lhe dão guarida,

Com suas asas.

Da Natureza

 

(foto pessoal Tela em acrílico autoral)

Sentou-se à beira da água, 

À sombra do coqueiral.

Ela é pura contemplação,

Faz bem ao seu coração.

Não resiste o dia ameno,

Embarca suave pela água.

Sem nenhuma dor ou mágoa,

Tem seu coração sereno.

Na suavidade da celeste

Dimensão no Sudeste.

No saborear, no amar

Só meditar, contemplar.

Na noite, se achega,

No doce, terno aconchego.

De carinhos, prestimosa,

Aninha-se dengosa.

No aconchego do lar,

Lá fora, há vento frio.

O amor a lhe embalar,

Firmeza seja qual maré.

Dos Céus

 

(foto pessoal Araruama RJ)

Um céu azul em ação,

O amor em profusão.

Ele cuida com emoção

Num véu de proteção.

Lindos céus floridos,

Nuvens azuis em flocos,

Atapetando o coração.

Céus adornados

Enfeitam, extasiam,

Não afundam em tristeza,

O tempo, extrema beleza.

Lembram um adeus 

O azul do céu e mar.

Sonhos, pura emoção,

Empenho a amar.

Da Fragrância

 

(foto pessoal)

Pelo lilás,

Encontra afeto.

No coração,

Cheiro de lavanda.

Da Primavera

(foto pessoal)

O lugar tão aprazível

Aprecia muito olhar,

Sai de lá mais amável,

Coração disposto a amar.

É tempo de se exuberar,

Ofertar afago, embelezar,

Muito agradável o tempo

De poetizar, encantar.

Flores em todo seu contexto,

Sirvam de justo pretexto,

A sair do invernal casulo,

Ser qualidade num pulo.

Vem clarificar, colorir

Sua natureza decadente,

Vem pacificar toda gente,

No compasso do ir e vir.

Sua dileta Estação,

Chega de supetão.

Causa-lhe doce emoção, 

Alegra-se seu coração.

Da Primavera

(foto pessoal)

É de cair o queixo,

Não há desleixo.

A feliz primavera

Na ânsia vital, libera.

Estação tão exibida,

Um pavão na ativa,

Uma figura exuberante

Num êxtase delirante.

Animais desfrutam do lugar,

No aconchego, aproveitar.

Ela está bem inserida,

É muito mais querida.

Uns preferem a solidão,

Às vezes, é a solução.

Gosta de ficar sozinha,

No silenciar, se aninha.

É deveras bom reflexo

Das Delicadezas de Deus.

Tudo na vida é complexo,

Mil tesouros sem adeus.

Lá fora, na selva de pedra,

Vê quanto desperdício.

Vivencia seu doce alivio,

Volta em paz, não ladra. 

Do Mundo Mágico

 

(foto pessoal)

Delicadeza de alma, é Primavera

Numa formosa, majestosa quimera.

Planta flores, no aroma,

Liberta-se, sai da redoma.

Tem nela perfumes, cores

Alegrias, vida intensa, dores.

Mágica maneira de driblar

Acende lâmpadas a iluminar.

Serenar, Pacificar, Despertar,

É mola mágica, amizadear

Na ternura imensa, sabe lidar,

Jogo cartas de paz condensar.

Desejos libertos, varinha de condão,

É plena doação, união de coração.

No toque mágico da pura emoção,

Vive degustando cada sensação.

Vem, Amoroso Mundo Mágico!

Envolve-a num áureo cerco,

No embalo dum campo florido,

Sem estardalhaço, nem alarido.

Como em doce, terna magia,

Embala-se na feliz simpatia.

Amorosamente, com alegria,

Mundo Mágico, em sintonia.

Da Natureza

 

(foto pessoal Campos do Jordão SP)

O lugar tão aprazível

Aprecia muito olhar.

Sai de lá mais amável,

Coração disposto a amar.

É tempo de se exuberar,

Ofertar afago, embelezar.

Muito agradável é o tempo

De poetizar e encantar.

Flores em todo seu contexto,

Sirvam de justo pretexto.

A sair do invernal casulo,

Ser qualidade num pulo.

Vem clarificar, colorir

Sua natureza decadente.

Pacificar toda a gente,

No compasso do ir e vir.

Da Serenidade

 

(foto pessoal Guarapari ES)

Serenidade sem maldade,

Não adormecer alegrias,

Disfarçar tristezas,

Doce, terno,  suave amar.

No desenrolar dos dias,

Na vinda das  maresias,

Na delicada, sutil bondade.

Suavizar o novo despontar,

Estremecer, sem molestar,

Descansar no manso remar,

Acalmar, aquietar lealdade.

Do Empoderamento

(foto pessoal Guarapari ES)

Atravessa pontes em seu ser,

Um  provável cansaço a vencer.

Precisa seguir rumo certo,

Ter paz por perto,

Num estirão sublime, ser.

Fazer feliz, ousa, 

Num caminho mais celeste.

Ciente, se enobrece.

Ganha força como águia,

Voa alto, Ele a guia.

Da Pressa

(foto pessoal Anchieta ES)

No mundo maravilhoso,

Há quem passe só correndo.

Com muita pressa,

Não aprecia o melhor.

Vive na correria imprudente, 

Despedaça um coração.

Sem viver intensamente,

Caminha com pouca  ternura.

Ao caminho não atropelar,

Precisa de muita bravura.

A ir sem escorregar, calma

No percurso da vida.

Rever bons momentos, 

Percorridos, com brandura.

Pena correr demais,

Deixa sonhos escaparem.

Perde o melhor da vida.

Veloz, num instante se esvai.